
Magia e Bruxaria em sua verdadeira forma
Eu quero falar daquela pessoa que em dias de sol coloca seus cristais para energizar. Aquela que, nos dias nublados, coleta água da chuva para regar suas plantas. Aquela que olha para o céu e conversa com a lua, e entende as fases dela como suas próprias. Que sempre fala de sua intuição como uma coisa viva que existe dentro de si, um sexto sentido presente como a própria audição, ouvindo os sussurros do universo e seguindo seus sutis conselhos. Quero falar de quem sopra canela no dia primeiro, queima um incenso de mirra quando sente o ambiente pesado, coloca alecrim em todas as receitas para trazer alegria. Quem embaralha suas cartas, divina para si e os seus, treme quando tira A Torre, sorri quando tira O Sol. Quem toma chá de camomila para acalmar os nervos, chá de espinheira-santa para acalmar o estômago, chá de hortelã para acalmar a mente. Aquela que acende vela para os seus guias, sejam eles santos, anjos, deuses ou ancestrais. Você conhece essa pessoa, talvez até seja essa pessoa. Agora reflita: no que você pensa quando eu digo a palavra bruxa?

Elas existiram?
Quando se trata de falar de bruxaria, ainda existe o questionamento da existência de bruxas como um todo. A resposta é sim. E não. Não, a bruxa que nos vêm a cabeça, com rugas e nariz pontudo, que suga o sangue de criancinhas ou amaldiçoa mulheres belas ou se metamorfoseia para encantar homens, não existe nem nunca existiu. Essa é uma invenção social, criada para demonizar a figura da mulher poderosa, sábia e que não se encaixa nos padrões da comunidade e não se contenta com apenas o papel doméstico. A mulher livre, através do medo do homem de perder seu poder para com o outro gênero, foi marginalizada. Mas sim, bruxas existiram. Ainda existem. Curandeiras, benzedeiras, mulheres detentoras de conhecimento. Mulheres que entendem seu poder energético e o poder do universo e usam disso para auxiliar seu viver e dos outros ao seu redor.
Pouquíssimas das bruxas que foram torturadas e executadas por bruxaria através da história eram realmente bruxas que praticavam bruxaria de verdade, mas elas ainda estão por aí, praticando seus encantamentos e escrevendo seus feitiços, e te convido a conhecê-las.
Making of
como demos vida ao projeto
- por Lara Peramo
![]() | ![]() | ![]() |
---|---|---|
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
